8 de agosto de 2009

O Fundamento do Uso do Véu

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O FUNDAMENTO DO USO DO VÉU

INTRODUÇÃO
As igrejas cristãs de todas as épocas e em todos os lugares, são concordantes entre si afirmando ser, o nosso Senhor Jesus Cristo o “cabeça” (autoridade) da igreja de Deus .Esse mesmo ensino pode ser observado nas cartas de Paulo às igrejas. Todas as denominações Cristãs professam essa fé, entretanto, pergunto: Onde, nas Escrituras Cristãs esse mesmo ensino (doutrina) é desenvolvido dando esclarecimentos tão profundos em seu significado? A resposta óbvia é… “1° Coríntios 11.1-16”.

O assunto do uso do véu pelas irmãs deve, não só ser aplicado, pois, também envolve o interesse Divino em que seus filhos “saibam” (I Cor. 11.3) da importância da figura ou significado existente em 1º Cor. 11.1-16, e o que isso representa para Deus, para os anjos, à igreja e para a doutrina apostólica, pelo fato de escrever tal ensino ocupando mais da metade do capítulo onze, tratando somente do assunto, o ato do homem “descobrir” a cabeça, enquanto a mulher “cobre” a sua, o que isso representa? Afinal, na concepção Divina, o que estamos dizendo ou proclamando quando obedecemos ou desobedecemos tal mandamento? – É isso mesmo o que veremos logo a seguir:

Antes de examinarmos 1º Cor. 11.1-16, devemos tomar cuidado, pois que tal epístola também é estendível aos Cristãos de todos os lugares, 1º Cor. 1: 1-2, (ARC-ARA-NTLH). Caso o contexto acima apontado esteja obscuro, que venha a dificultar o entendimento para algum irmão, irei expôr aqui , uma tradução de fácil compreensão,isto é,a Nova Tradução na Linguagem de Hoje : “ Eu, Paulo, que fui chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Cristo Jesus, escrevo, junto com o irmão Sóstenes, esta carta à igreja de Deus que está na cidade de Corinto. Escrevo a todos os que, pela sua união com Cristo Jesus, foram chamados para pertencerem ao povo de Deus. Esta carta é também para aqueles que em todos os lugares adoram o nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1º Cor.1:1-2, Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH – SBB).

Vs.1-2. – Nos versos 1-2, Paulo apresenta a necessidade de imitarmos o apóstolo em seu zelo de seguir a Cristo e seu ensino, devemos imitá-lo, fazer como ele. Exortando ainda, deu-lhes o dever de “reter” (segurar firme, não abrir mão)dos “preceitos ou tradições”(gr. paradosis = tradição), que é o mesmo que “receber e transmitir ensinamentos à geração seguinte”; assim, ele recebeu do Senhor e transmitiu à igreja.

V. 3 – Principiando a aplicação do ensino, Paulo, sob a atuação do Espírito Santo, revela que a vontade de Deus é que “saibamos”, isto é, não sejamos “ignorantes” do significado daquilo que o Senhor havia ordenado. O primeiro significado importante é o simbolismo do vocábulo “cabeça” (gr. kephalê ): – “ Cristo é a cabeça de todo varão, e o varão, a cabeça da mulher, e Deus ,a cabeça de Cristo”. Neste simbolismo de “cabeça”, se entende e interpreta por “chefia” ou “autoridade”, assim, Cristo é a “autoridade”(cabeça) do homem, o homem “autoridade” (cabeça) da mulher, e Deus é a “ autoridade”(cabeça) de Cristo.

V.4 – Nesse verso, é ensino do Espírito Santo, que “todo homem que ora ou profetiza tendo a cabeça coberta, desonra a própria cabeça”. Sendo, portanto, “cabeça” figura de “autoridade”, o homem cobrindo-a, estará “cobrindo” ou “escondendo” no culto, aquele que exerce autoridade sobre si, isto é, CRISTO ; estará proclamando(simbolicamente) que a autoridade dEle não está sendo reconhecida ali; expondo-o à “desonra”(gr. kataischunõ = confundir, humilhar, desonrar, envergonhar). Com esse ato, pergunto: – Quem estará exercendo a autoridade no culto se, simbolicamente, essa autoridade está “coberta, escondida”?

Certamente a resposta por trás desse ato é que há uma “outra” (gr. heteros) autoridade “descoberta” na igreja que não seja a de Cristo. Assim, é bom voltarmos ao verso 3 e lermos, “ mas quero que saibais” !

Vs. 5-6 – Dando prosseguimento, nestes versos, o Espírito Santo nos transmite um ensino muito importante, o qual deve tomar todo o cuidado para que em nada possamos ofender a Deus e sua “Sabedoria” (Cristo). O Senhor, na sua onisciência, não nos deixou um estatuto imperfeito. “Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra sua própria “cabeça” (v.5); isto é, o “homem”! Assim, a mulher estará proclamando através desse ato exterior, que está desonrando o homem, sua “cabeça” ou autoridade, tudo isso no culto, que deveria ser para honra e glória de Deus, quem isso afirma é a “Escritura” e não o servo de Deus que faz este comentário! Então, como anteriormente foi feito uma pergunta sobre quem estaria exercendo a “autoridade” no culto, a resposta é que, no ato do homem cobrir a sua “cabeça” (autoridade) e a mulher descobrir a sua “cabeça” (autoridade); irrefutavelmente, a própria Escritura está ensinando que “não só” o homem está exercendo sua “autoridade”(cabeça da mulher descoberta), mas a mulher está manifestando a sua própria “glória”( v.14) , enquanto a autoridade de Cristo e glória de Deus que deveria ser “descoberta e manifestada”, foi coberta, ocultada!

Ficaria incompleta esta matéria, se não fosse exposta aqui uma questão: – “Quando o homem está com a sua cabeça “descoberta” e da mesma forma a mulher se apresentar com a cabeça “descoberta” na reunião de adoração, fica claro que, duas cabeças estão descobertas, assumindo (figurativamente) a autoridade na igreja”! Quanto a isso, Deus deixou claro ao ordenar ao homem descobrir a cabeça e a mulher cobrir a sua. Para a igreja reunida, em culto de adoração a Deus, o Senhor estabeleceu somente uma “cabeça” (autoridade) sobre a igreja, a de Cristo Jesus, seu Filho amado! Portanto, prezado irmão, não cubra sua “cabeça” na reunião dos santos, e você irmã, cubra a sua “cabeça” no culto, para que a “autoridade” do homem seja coberta, escondida, diante da supremacia de Cristo, com este ato, você está também cobrindo sua “glória” (cabelo comprido) e somente é manifesta “uma” glória, a de Deus, e somente “uma” autoridade, a de Cristo Jesus, nosso Senhor! Aleluia!

Porém, se a mulher não se cobrir com véu, há o IMPERATIVO que “rape” ou que se “tosquie”! Esse imperativo é que, pelo fato dela não se cobrir, estará expondo sua “cabeça” (ou autoridade) à vergonha, desonra; assim, “rapando” a cabeça também estará destituída de “glória” (cabelo comprido), tornando assim, como as que rapam a cabeça, significando sem autoridade e sem glória. Destarte, se para ela é coisa indecente o tosquiar-se ou rapar, “que se cubra”, isto é, use véu.

“Que se cubra”, no original grego é “ katakaluptesthô ”,cujo verbo é “ katakaluptô ” o qual está na 3ª pessoa do singular, no tempo PRESENTE do IMPERATIVO . Assim, o véu de que aqui se fala não é o “cabelo” do verso 15; pois, presentemente, Paulo não iria ordenar às nossas irmãs a pôr “ cabelo ” (?) quando estavam na reunião de adoração, naquela época, creio eu, não existia “ implante “ de “cabelo” como nos dia atuais ( só se for peruca) . Assim , como o verbo está no modo IMPERATIVO, é uma ordem ou mandato ! Este ensinamento de 1° Coríntios 11. 1-16, contém doutrina para o homem e para a mulher, e se opõe ao que alguns intérpretes sugerem, dizendo ser um “ costume ” puramente oriental.

A Escritura contradiz abertamente esses intérpretes, ao dizer: “O homem, pois, não deve cobrir a cabeça” (gr. ouk opheilei katakaluptesthai ), significa literalmente “ não deve trazer algo sobre ( a cabeça ). “Acompanhado de um advérbio de negação “ouk”, o presente do imperativo proíbe uma ação que está em andamento, ou que está se repetindo, deve cessar, deve acabar ” ! ( Noções do Grego Bíblico – Gramática Fundamental , pág. 269). Obs : Tal mandamento proibitivo ocorreu pela presença de Cristãos judeus ( Atos 18. 4 ), pois, estes, segundo o costume e ensino rabínico “cobriam” ( e cobrem) suas cabeças quando oravam , vejam ,1º Cor.11.1-16 não está transmitindo “costume” do judaísmo aos gregos, pois aqueles cobriam e cobrem a cabeça, até ao dia de hoje, 1º Cor.11.1-16 “ PRO-Í-BE” !!!

Quem realmente conhece os costumes do judaísmo e até mesmo entre os muçulmanos, sabem que estou falando a verdade, os ensinos do apóstolo à igreja difere dos costumes da época, aliás, é nova, pois faz parte das “boas novas”. Em a “Nova EnciclopédiaBarsa, volume 13, pág. 458” no assunto “Talmude”, observa-se os rabinos “lendo” (ensinando) o Talmude com a “cabeça” coberta, como um reflexo de que não reconhecem a “autoridade” (cabeça) Messiânica de Jesus!

Destarte, no “Dicionário Vine”, que mostra o significado Exegético e Expositivo das palavras do Antigo e Novo Testamento, no vocábulo “descoberta”, contém as seguintes afirmações:

Descoberta
Akatakaluptos, “descoberta” (fornecido de a, elemento de negação, e katakaluptô, “cobrir”), é usado em I Cor. 11.5,13 (“descoberta”), com referência à injunção proibindo as mulheres estarem sem “véu” ou “descobertas” nas reuniões da igreja. Pouco importando que tipo de cobertura seja, deve estar na cabeça como “sinal de poderio” ( I Cor.11.10), cujo significado é indicado em 1 Cor. 11.3 no assunto de supremacia, e cujas razões são dadas em 1 Cor. 11.7-9 e na frase “por causa dos anjos” (1 Cor. 11.10), intimando o testemunho e interesse deles naquilo que indica a supremacia de Cristo. As injunções não eram nem judaicas que exigiam que os homens cobrissem a cabeça na oração, nem gregas, pelas quais homens e mulheres ficavam igualmente com a cabeça “descoberta”. As instruções do apóstolo Paulo eram “mandamentos do Senhor” (1 Cor.14.37) e eram para todas as igrejas ( 1 Cor. 14.33,34). (Dicionário Vine-CPAD, pág. 547).

OBS: O Dicionário Vine é aprovado pelo “Conselho de Doutrina da CPAD”.

Para quem ignora o significado de “injunção” é MAN-DA-MEN-TO!Em o “Manual da Escola Dominical” (publicação da CPAD) pág. 81, o qual ensina a diferênça entre “costume e doutrina”, ensina que um costume é LOCAL, mas uma doutrina é GERAL! Conforme demonstrado no início da matéria a epístola aos Coríntios é estendível aos cristãos de TODOS os lugares; também, demonstrado pelo Dicionário Vine, as instruções do apóstolo Paulo, no assunto supracitado, eram para TODAS AS IGREJAS!

Como já demonstrado acima pelo “Dicionário Vine”, as mulheres no mundo grego pagão não cobriam as cabeças (igualzinho nos dias de hoje), nos cultos, e ordena as que estão em Cristo para “cobrir” (v.6), Ora, a mulher que verdadeiramente está revestida de submissão interior, não se revestirá de submissão exterior ao mandamento Divino (escreveu sob inspiração) em cobrir a “cabeça” (autoridade) na reunião de adoração? Igualmente, no mundo oriental judaico e árabe, as mulheres são proibidas ao saírem de casa (Nova Enciclopédia Barsa, volume 8, pág. 226, vocábulo “Israel ”) seja onde for, de se apresentar em público com a cabeça “descoberta” ( amostra em figura ).O Espírito Santo em 1 Cor. 11.1-16, ensina totalmente diferente, quando não estiverem no ajuntamento santo (seja onde for) o cabelo é dado em lugar de véu, ocupando o lugar, não orando ou profetizando ( v.15).

A prova do que estou afirmando? É a Escritura, única fonte da verdade que emana de Deus! Ao ordenar “que ponha o véu”, o verbo “pôr” está na 3ª pessoa, no modo imperativo do presente, impossível maior clareza! Isso mostra e indica que “antes” de estar no culto, no ajuntamento santo, a mulher se encontrava sem o véu, o cabelo, como diz o texto, estava ocupando o lugar, para isso foi dado em lugar, mas quando ora ou profetiza, “que ponha” o véu, já não é o cabelo, isso já foi esmiuçado anteriormente, assim, a conclusão é: A Escritura não diria “que ponha” se elas viessem de fora com o “véu” (mantilha), mas que “ permaneça ou continue” ! “Katakaluptesthô”, cujo verbo é “katakaluptô”, está no modo imperativo, aqui, o modo imperativo expressa uma ordem ou mandato.

“Nesta passagem, a vontade apela direta e afirmativamente à outra” (Noções do Grego Bíblico). O tempo verbal grego koinê PRESENTE, indica que o verbo no caso acima, não está ligado, preso ao passado, mas “que está acontecendo, estado incompleto, em andamento” (onde?).

Nos países onde a mulher é proibida em sair de casa tendo a cabeça descoberta, não há problema algum em obedecer, uma vez que a palavra de Deus está regulando um problema interno, o modo do homem e da mulher se apresentar na reunião de adoração, referente ao culto, e não de um problema externo.

ENTENDENDO A QUESTÃO DA GLÓRIA

V.7 – Da mesma forma que a mulher tem mandamento de cobrir a “cabeça” (autoridade), o homem tem igual mandamento de “descobrir” a sua “cabeça” (autoridade) por ser “imagem e glória de Deus”, mas a mulher é a “glória do varão”; de fato, a “glória de Deus” não pode ser “coberta” ou “escondida” na igreja, mas descoberta e manifestada! O ato do homem não cobrir sua cabeça física, é um reflexo espiritual de que a glória de Deus, juntamente com a autoridade de Cristo se faz presente, quando nos reunimos para adorá-lo. Irmãos, o significado do ensino de 1° Cor. 11.1-16, é mui belo e maravilhoso, nos traz conhecimento daquilo que foi dito no princípio: “Quero que saibais” (…).

Vs. 8-9 – Os versos 8 e 9, nos leva de volta à narração da criação, em Gênesis, não para mostrar “superioridade” do varão em relação à mulher; pois, diante de Deus, homem e mulher são iguais em valor, em importância; todos foram comprados pelo mesmo preço de Sangue ( Gl 3.28; I Cor. 12.13),o ensino é que, numa adoração conjunta, ambos tem “funções” representativos na igreja concernente à “cabeça” (autoridade), funções estas que devem ser respeitadas à luz da palavra de Deus.

V. 10 – “Por isso a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio por causa dos anjos”. Assim, amados, o uso do véu também tem uma “causa”, essa causa são os “anjos”; “deve” (gr. opheilei) vem de “dever”, obrigação resultante dos preceitos ou mandamentos da honra. Essa afirmação da Escritura derriba por terra o fraco argumento ou disfarce da “cultura” como muitos afirmam. Pois, os anjos são celestiais. Destarte, eles já presenciaram insubordinação no céu (João 8.44; Ap.12.7-8-9) como também na terra ( Gn 3.11-Vs). Ou pensa o caro leitor que os anjos não estão mais ativos na igreja do séc. XXI, nos dias atuais, observando-nos (Lc 1.19; Hb 1.14; Sl 34.7)? Essa subordinação à autoridade de Cristo no culto, é algo que os próprios anjos compreendem quando a mulher se cobre e o homem descobre a sua cabeça.

Há os que afirmam que o uso do véu era por “causa” das prostitutas cultuais existentes em Corinto, tal interpretação é uma aberração à regra fundamental da hermenêutica: “A Bíblia interpreta a própria Bíblia, ou seja, a Bíblia por si mesma se explica”!E, a Bíblia se explicando, diz que é por “causa”dos anjos, nós na CCB, não temos o “costume” de confundir “anjos” com “prostitutas”, o que é uma “o-fen-sa” à palavra de Deus e aos anjos !!! Assim, com este ato de submissão por parte da igreja à Cristo,os anjos se regozijam ao contemplarem que a igreja reconhece unicamente a autoridade de Cristo e uma glória (de Deus) sendo manifestada no ato de cobrir(a mulher) e descobrir(o homem) a cabeça na reunião de adoração e, o nosso Deus é glorificado.

Vs. 11–12 – Dando continuidade, os versos 11 e 12, nos ensinam que tanto homem quanto mulher provém um do outro, dependendo assim mutuamente no Senhor, e que todas as coisas provém de Deus; isto é,o nosso Deus é Soberano e independente.

V. 13 – No verso 13, a igreja que estava em Corinto deveria julgar a questão do véu, entre eles mesmos, porém, sempre pautados nos ensinos do apóstolo, tanto é que, a mesma igreja precisava de suas orientações, sobre várias “coisas” (1º Cor. 7) não tendo, portanto, como resolver por si própria, assuntos doutrinários. E a resposta esperada seria um “não”, pois caso pendessem para as mulheres estarem com a cabeça “descoberta” na reunião de adoração, deveriam “rapar ou tosquiar” a cabeça (1º Cor. 11.6), o que seria uma desonra ou ausência de glória, portanto uma ordem para a mulher rapar ou tosquiar-se caso contendessem o ensino apostólico.

Vs. 14-15 – É ensino apostólico o homem não usar “cabelo comprido” (gr. komaô) por ser “desonroso”, por outro lado para a mulher o usar “cabelo comprido”( gr. komê) lhe é uma “glória” ou “honra”(gr. doxa = honra , glória). Por isso mesmo o cabelo comprido lhe foi dado em lugar de véu. Ora, sendo o homem a “glória de Deus”, e a mulher “glória” do homem, porventura a mulher ficará sem “glória” ? É óbvio que não. Pois, o texto afirma que o cabelo comprido lhe é uma “glória”. Por essa razão mesmo, de ser para ela uma glória, no culto ela tem de “cobri-la” ,e quando se cobre, estará cobrindo a “glória do homem” juntamente com sua própria glória; Deus é glorificado tendo a sua glória descoberta na igreja, pois essa glória mediante esse ensino, indica que Ele não quer dividir com ninguém!

O cabelo lhe foi dado em lugar de véu, quando a sua cabeça se encontrar descoberta, não na reunião de culto e adoração a Deus. O Senhor, em sua sabedoria, não deixou um tamanho padrão para o comprimento do cabelo, pois, o crescimento do cabelo pode variar de mulher para mulher, sou cabeleireiro e falo com conhecimento de causa; “komê”, indica não pôr empecilho ou obstáculo para impedir o crescimento do mesmo.

Também, é digno de nota atentarmos para a expressão do verso 15 que diz, “ foi dado em lugar de “cobertura” (véu ); esse “foi dado” (gr. dedotai) indica o tempo “passado”, anterior à reunião de adoração a Deus; enquanto o verbo “cobrir” ou “pôr” ( verso 6) indica o tempo “presente”, encontrando-se no ajuntamento santo . Assim, o cabelo é dado em lugar de véu não estando a mulher na reunião da igreja, no caso de se encontrar a igreja reunida, eis o mandamento para a mulher, que se encontra no tempo presente, “QUE SE CUBRA”. Tem mais, ainda não acabei, a expressão “ cobrir”(gr. katakaluptô) a qual se encontra no verso 6, referente em cobrir-se com véu, difere da expressão em lugar de “cobertura” (gr.peribolaion), o substantivo deverbativo “peribolaion” arremete para o verbo “perilabô” que significa “lançar ,colocar ao redor”.

V. 16 – “Se alguém quiser ser contencioso, saiba que nós não temos tal costume e nem as igrejas de Deus”. Ora, “CONTENCIOSO”, nada mais é do que aquele que não está revestido de submissão ao ensino supracitado. “Contencioso” (gr. philoneikos) é o mesmo que “amante da contenda, litigioso, brigão”. Paulo encerra o assunto, dizendo que “nós” (ministério) não temos tal “costume” e nem as “igrejas” (plural) de Deus.

Assim, é verídico o que escreveu o nosso amado irmão Ismael, dizendo: “A correta aplicação deste ensino nos remete à relação de autoridade que existe entre Deus e os homens. O véu ilustra um ensino de Deus, é símbolo de algo maior e ilustra uma relação de ordem na criação de Deus.” (Ismael).

Também, o doutor Robert H. Gundry, no tocante ao uso do véu, faz um comentário em seu livro:
“O véu cobria a cabeça, e não o rosto. Era, ao mesmo tempo, símbolo da subordinação da mulher ao homem e do respeito que a mulher merece. As mulheres cristãs de Corinto, no entanto, mui naturalmente estavam seguindo os costumes das mulheres gregas, as quais conservavam a cabeça descoberta quando adoravam. Por conseguinte, Paulo assevera que é vergonhoso uma mulher cristã orar ou profetizar na igreja com a cabeça sem véu. Por outro lado, Paulo se manifesta contrariamente à prática dos homens judeus e romanos, os quais oravam com a cabeça coberta, e ordena que os varões crentes orem e profetize de cabeça descoberta, como sinal da autoridade de que estão investidos”. (Panorama do Novo Testamento – Robert H. Gundry, Ph. D. – pág. 314).

PS: Alguns comentaristas afirmam que o significado “interno” da submissão contida em I Cor. 11.1-16 permanecem; enquanto o ato “externo” do uso do véu “não é válido”(?) para os dias atuais. Tais comentaristas se encontram revestidos de tamanha “autoridade” (?) que se acham no direito de suprimir este ou aquele MANDAMENTO, suplantando assim, a autoridade da própria SAGRADA ESCRITURA, definindo assim, qual mandamento é válido ou… “vencido” (?). Destarte, ignorais que a “insubmissão do ato” externo, não põe a descoberto a insubmissão do homem interior, do EGO?

Irrefutavelmente, SIM! “Será, que a “autoridade” (?) deles é superior à autoridade apostólica? Vejamos, pois, a “origem” do que Paulo ensinava e pregava: “Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não recebi nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo”. (Gl 1.11-12; I Cor. 14.37 – ARC).
Assim, essas “coisas” que Paulo escreveu, era, e é destinada aos Cristãos de “TODOS” os lugares. Esse mandamento do Senhor é para a mulher se “cobrir” no culto de adoração, mas o silogismo dos homens ( Ef. 4.14) ensina na “contramão” da palavra de Deus, dizendo que…“não precisa”ou “não é válido”(?) para os dias atuais.

O ensino contido em 1° coríntios 11.1-16, conclue enfaticamente que o Senhor Jesus é a única “cabeça” (autoridade) descoberta na igreja, e que somente uma “glória” é manifestada em nosso meio, a Glória de Deus; assim, o ensino contido em I Cor. 11.1-16 enfatiza que, o Senhor Jesus é o cabeça da igreja!

O que passar disso é:

1- Homem tendo a “cabeça” descoberta no culto = Autoridade e Glória de Deus descoberta (figurativamente) no culto.

2- Mulher tendo a “cabeça” descoberta no culto = Autoridade e glória do homem descobertas (figurativamente) no culto, além da “mulher” estar manifestando a sua própria glória, isto é, cabelo comprido “descoberto”.

Resumindo, duas autoridades (cabeças) manifestas no culto e três glórias presentes na reunião de adoração? Essa é a razão das “glórias” humanas e “autoridade” do homem serem cobertos na oração e na profecia.

Prezado leitor (a), deixo aqui uma pergunta:
Muitos dizem que não precisa a mulher se cobrir com véu; a quem tu serves e procuras agradar, a “homens ou a Deus” (Gl. 1.10)?

Pense nisso!

OBS: A matéria acima, foi elaborada para mostrar que o ensino de 1° Coríntios 11.1-16, não se coaduna com o “costume” da época, é diferente, “santo” (separado) e NOVO!

Que Deus vos abençoe ricamente.

Sobre o autor: Romário N. Cardoso é membro da Congregação Cristã no Brasil desde a data de 11 de julho de 1993, sendo chamado às fileiras do Exército do Senhor Jesus, para “combater pela fé que uma vez foi dada aos santos”.

Que a paz de Deus, a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, e a comunhão do Espírito Santo, seja convosco. Amém.

Romário N. CardosoBIBLIOGRAFIA:
Novo Testamento Interlinear Grego-Português – SBB;Dicionário do Grego do Novo Testamento – Paulos;Noções do Grego Bíblico – Gramática fundamental – Vida nova;Dicionário Vine -O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e Novo Testamento – CPAD;Panorama do Novo Testamento-Robert H. Gundry, PH. D.;Manual da Escola Dominical – CPAD;Nova Enciclopédia Barsa.

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